Os espaços são transformados e locados para clientes como indústrias que buscam armazéns e formas mais ágeis de levar produtos ao varejo.
Por Chiara Quintão — De São Paulo 09/03/2020 05h01 · Atualizado há 4 horas
Com a proposta de oferecer pontos de apoio e conexão entre o primeiro e o último local de transporte de produtos e possibilidade de entrega para a indústria mais rápida e mais barata do que a de outros modelos, a start-up Unlog projeta chegar ao fim de 2020 com cerca de 50 unidades para atendimento do varejo e 30 outras voltadas para entrega ao consumidor final.As projeções para o prazo de cinco anos são de 3.500 pontos destinados ao abastecimento do varejo e de 700 direcionados para o atendimento a clientes, segundo o sócio fundador e presidente da Unlog, Michele D’Ippolito. Segundo ele, a empresa funciona como um hub de mobilidade e logística. Os investimentos já realizados somam R$ 1 milhão.
Fundada em julho do ano passado, a Unlog aluga espaços ociosos em locais onde já funciona alguma atividade. “Damos nova função a parte dos locais por meio de tecnologia. Normalmente, o metro quadrado locado em zonas privilegiadas é muito caro, mas aproveitamos a ociosidade”, diz D’Ippolito. Esses espaços, por exemplo, partes de estacionamentos, são transformados, em poucos dias, e locados para clientes como indústrias que buscam armazéns e formas mais ágeis de levar produtos ao varejo.É o caso, de acordo com o presidente da Unlog, da Philip Morris, que “tem o desafio” de entregar cigarros em bancas de jornal, bares e padarias. Um caminhão deixa a mercadoria em ponto da Unlog, e os produtos são distribuídos por motoboys. “Barateamos o processo em 30% e ganhamos muita velocidade”, afirma D’Ippolito.Outra atuação da Unlog é a oferta de “armários inteligentes” em garagens com espaços ociosos para o atendimento a empresas de comércio eletrônico que querem pontos para o chamado “last mile”, ou seja, para a última etapa de armazenamento e distribuição dos produtos antes de os itens chegarem às mãos do consumidor. A Ambev contratou um desses espaços da Unlog para projeto-piloto, no Rio de Janeiro, de entrega de produtos aos consumidores finais. Há negociações em curso com a gigante varejista Amazon.
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